segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Armas e Equipamentos da Cavalaria
Desde a primeira aparição da cavalaria, por volta de 1000 a.C., tropas montadas têm cumpridos vários importantes papéis nas batalhas. Eles atuavam como batedores, escaramuçadores, uma força de choque para luta corpo-a-corpo, guardar a retaguarda, e perseguiam exércitos em retirada.
A cavalaria era dividida em diversas categorias diferentes conforme o equipamento e treinamento, e certas categorias eram mais adequadas para certas tarefas que outras. A cavalaria leve usava pouca ou nenhuma armadura e era mais apropriadas para reconhecimento, escaramuças e guardar a retaguarda. A cavalaria pesada vestia armadura e era mais adequada sendo usada como uma força de choque para atacar o inimigo. Todos os tipos de cavalaria se destacavam em perseguições.
Cavaleiros da Idade Média era cavalaria pesada, e o código de cavalaria enfatizava seu papel como uma tropa de choque atacando a cavalaria e infantaria inimigas. A partir do século XIII, o termo homem de armas era usado para descrever guerreiros com armadura lutando à cavalo ou à pé. O novo termo aplicava-se tanto aos cavaleiros como aos escudeiros, pequena nobreza e soldados profissionais.
A vantagem dos cavaleiros em batalhas era a velocidade, intimidação, força e altura. No decorrer da Idade Média, o equipamento dos cavaleiros foram aperfeiçoados para aumentar essas vantagens.
Armas
A lança era a arma com a qual a cavalaria começava a batalha. Era ideal para perfurar inimigos à pé, especialmente os que estivessem em fuga. A exibição da lança na frente do cavaleiro montado ajudava na intimidação causada pela aproximação da tropa em assalto. Parte da força do cavalo podia ser transmitida através da ponta da lança no momento do impacto. O cavaleiro em ataque se tornava um enorme projétil.
Historiadores discordam na importância do estribo para ascensão dos cavaleiros. O estribo surgiu na Ásia e chegou à Europa no século VIII. Alguns acreditam que ele foi crucial para a ascensão dos cavaleiros pois permitia ao cavaleiro apoiar a si mesmo e sua lança, transmitindo toda a força do cavalo para a ponta da lança. Ninguém discorda da vantagem dessa multiplicação da força, mas outros sugerem que a sela alta desenvolvida no tempo dos romanos permitia que os ginetes transmitissem essa força antes do aparecimento do estribo.
A Tapeçaria de Bayeux, que descreve a conquista da Inglaterra por Guilherme em 1066, mostra os estimados cavaleiros normandos golpeando com suas lanças com as mãos ou atirando-as, elas não eram lanças fixas. Nessa época o estribo já era conhecido na Europa há pelo menos dois séculos. No restante da Idade Média, o ataque montado realizado com cavaleiros segurando lanças fixas era o epítome de combate para os cavaleiros. Essa não era sempre a tática mais correta, entretanto.
O ataque inicial de cavalaria freqüentemente resultava na perda de lanças, ou o ataque terminava numa luta corpo-a-corpo geral. Em ambos os casos, os cavaleiros trocavam de armas, que geralmente para a espada. A espada da cavalaria evoluiu para o sabre, uma larga e pesada lâmina que um homem em pé nos estribos podia balançar com uma tremenda força na cabeça e tronco superior dos oponentes. As espadas eram as armas que os cavaleiros mais prezavam pois elas podiam ser carregadas pela pessoa, proeminentemente exibidas, e personalizadas. Elas eram as armas mais comuns para combate corpo-a-corpo entre cavaleiros. Boas espadas eram caras, então sua posse era um sinal de distinção entre a nobreza.
Outras opções para armas de ataque corpo-a-corpo incluiam o martelo, a maça (evolução da clava), o machado, e o mangual. Martelos e maças eram populares entre os clérigos e monges guerreiros os quais tentavam obedecer ao texto da reprovação da Bíblia ao derramamento de sangue, o que armas afiadas eram propensas a fazer.
Em nenhuma circunstância os cavaleiros usavam armas disparadoras de projéteis de qualquer tipo. Matar um oponente à distância com seta, flecha, arco, ou bala era considerado desonroso. Cavaleiros lutavam com adversários respeitávis, da mesma categoria quando possível, e matavam cara a cara, ou não o faziam.
Armaduras
A cota de malha já era usada pelos antigos romanos e por algumas das tribos germânicas invasoras, incluindo os godos. A cota permaneceu popular com a nobreza da Europa medieval até que a armadura de placas passou a ser usada no século XIII. A mudança foi feita em parte porque uma flecha ou ponta de espada podia penetrar na cota. Uma túnica, chamada de sobretudo, era usada por cima da cota especialmentedurante nas Cruzadas para refletir o sol.
Os elmos também evoluíram de simples desenho cônico para um grande balde de metal, até grandes peças esculpidas para desviar flechas. Posteriormente, os elmos podiam ser presos à armadura do corpo.
Armaduras completas pesando até 60 libras surgiram no século XIV. As armaduras de placas eram bem projetadas e os cavaleiros possuíam grande agilidade. Um cavaleiro de armadura no chão não estava indefeso e podia facilmente se levantar. Há relatos e pinturas de homens com armaduras plantando bananeira e fazendo outros tipos de ginásticas. Nas armaduras posteriores, havia muita preocupação em desviar projéteis e reforçar áreas mais expostas à golpes. Com o passar dos anos, apareceram elaboradas armaduras completas entalhadas as quais eram mais cerimoniosas e prestigiosas do que práticas.
A armadura era um grande gasto para um cavaleiro, que equipava a si mesmo e a um escudeiro. Um importante lorde tinha que fornecer armaduras para muitos cavaleiros. A fabricação de armaduras era um negócio importante, e um grande mercado de armaduras usadas se desenvolveu durante a Idade Média. Soldados comuns do lado vitorioso de uma batalha podiam ganhar uma boa soma de dinheiro retirando as armaduras de cavaleiros mortos e vendendo-as.
Cavalos
Os cavaleiros tinham um orgulho especial por seus cavalos, os quais eram criados para serem fortes e velozes. Eles, além disso, necessitavam de treino extensivo para serem manejáveis durante um ataque corpo-a-corpo. Os cavalos eram treinados para atacarem com um mínimo de orientação, deixando o cavaleiro livre para segurar seu escudo e lança. Historiadores discordam se os cavalos dos cavaleiros eram pesados para aguentarem carregar o peso de um cavaleiro totalmente equipado, ou um cavalo pequeno, apreciado por sua velocidade e agilidade.
A habilidade em lidar com cavalos era uma outra características com a qual os cavaleiros de elite se distinguiam dos plebeus. Ela era praticada durante a caça, uma popular atividade de lazer que os nobres mantiveram até hoje na tradicional caça à raposa.

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