segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Armas


A lança era a arma com a qual a cavalaria começava a batalha. Era ideal para perfurar inimigos à pé, especialmente os que estivessem em fuga. A exibição da lança na frente do cavaleiro montado ajudava na intimidação causada pela aproximação da tropa em assalto. Parte da força do cavalo podia ser transmitida através da ponta da lança no momento do impacto. O cavaleiro em ataque se tornava um enorme projétil.
Historiadores discordam na importância do estribo para ascensão dos cavaleiros. O estribo surgiu na Ásia e chegou à Europa no século VIII. Alguns acreditam que ele foi crucial para a ascensão dos cavaleiros pois permitia ao cavaleiro apoiar a si mesmo e sua lança, transmitindo toda a força do cavalo para a ponta da lança. Ninguém discorda da vantagem dessa multiplicação da força, mas outros sugerem que a sela alta desenvolvida no tempo dos romanos permitia que os ginetes transmitissem essa força antes do aparecimento do estribo.
A Tapeçaria de Bayeux, que descreve a conquista da Inglaterra por Guilherme em 1066, mostra os estimados cavaleiros normandos golpeando com suas lanças com as mãos ou atirando-as, elas não eram lanças fixas. Nessa época o estribo já era conhecido na Europa há pelo menos dois séculos. No restante da Idade Média, o ataque montado realizado com cavaleiros segurando lanças fixas era o epítome de combate para os cavaleiros. Essa não era sempre a tática mais correta, entretanto.
O ataque inicial de cavalaria freqüentemente resultava na perda de lanças, ou o ataque terminava numa luta corpo-a-corpo geral. Em ambos os casos, os cavaleiros trocavam de armas, que geralmente para a espada. A espada da cavalaria evoluiu para o sabre, uma larga e pesada lâmina que um homem em pé nos estribos podia balançar com uma tremenda força na cabeça e tronco superior dos oponentes. As espadas eram as armas que os cavaleiros mais prezavam pois elas podiam ser carregadas pela pessoa, proeminentemente exibidas, e personalizadas. Elas eram as armas mais comuns para combate corpo-a-corpo entre cavaleiros. Boas espadas eram caras, então sua posse era um sinal de distinção entre a nobreza.
Outras opções para armas de ataque corpo-a-corpo incluiam o martelo, a maça (evolução da clava), o machado, e o mangual. Martelos e maças eram populares entre os clérigos e monges guerreiros os quais tentavam obedecer ao texto da reprovação da Bíblia ao derramamento de sangue, o que armas afiadas eram propensas a fazer.
Em nenhuma circunstância os cavaleiros usavam armas disparadoras de projéteis de qualquer tipo. Matar um oponente à distância com seta, flecha, arco, ou bala era considerado desonroso. Cavaleiros lutavam com adversários respeitávis, da mesma categoria quando possível, e matavam cara a cara, ou não o faziam.